quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Higiene

A higiene engloba uma série de processos que se destinam a assegurar o bem-estar físico e psíquico dos indivíduos, bem como a sua articulação harmoniosa com o meio envolvente.

Ao nível do indivíduo, a higiene caracteriza-se por dois aspectos principais: a higiene física e mental.

A higiene física visa a manutenção de uma adequada limpeza do corpo, removendo a sujidade, secreções e microrganismos que, durante a actividade diária, se tenham instalado sobre ele, assegurando assim a manutenção da pele, mucosas e outras estruturas, em contacto com o meio externo, em condições óptimas, bem como uma adequada prevenção da instalação de parasitas ou agentes infecciosos, como vírus, bactérias e fungos. Engloba também a manutenção dos ritmos e hábitos de vida que respeitem as necessidades do organismo, como, por exemplo, uma adequada dieta (higiene) alimentar.

A higiene mental caracteriza-se pela manutenção dos indivíduos em ambientes não causadores de stress excessivo, que sejam susceptíveis de desencadear perturbações psíquicas ou neurológicas, bem como a ausência de estímulos susceptíveis de desencadear essas mesmas alterações. Para a manutenção de uma adequada higiene mental, é necessário também o respeito pelo período do sono, variável consoante a idade e a actividade diária, a fim de possibilitar não apenas a recuperação física, mas também psíquica, já que o sono é fundamental para o ordenamento da memória, principal interface das reacções do organismo com o meio ambiente.

A higiene pode também ser analisada sob um ponto de vista ambiental e social.
Em termos ambientais, a manutenção de boas condições sanitárias é fulcral para a manutenção da higiene individual. A existência de sistemas de tratamento de lixo, águas residuais e águas para consumo é essencial para a conservação das populações de microrganismos potencialmente patogénicos a níveis baixos, reduzindo assim os riscos de contaminação microbiana dos indivíduos. A conservação da natureza e dos ecossistemas naturais é essencial para a manutenção da vida, já que eles asseguram a manutenção dos ciclos de energia e matéria, logo, a possibilidade de manutenção do planeta num equilíbrio higiénico homeostático.

A higiene social engloba os aspectos ambientais inerentes à sociedade humana, nomeadamente as relações interpessoais e os sentimentos de segurança, factores cruciais para a manutenção de uma adequada higiene mental, logo, também física.

Fala-se cada vez mais em higiene alimentar.

A higiene da casa é, de igual forma, importante: na Europa, segundo um estudo, o lar é o local onde se passa 75% do tempo. É, fundamental manter tudo limpo, arrumado e arejado, principalmente em situações onde existem animais domésticos ou pessoas doentes.

As doenças alimentares constituem uma das principais preocupações ao nível da Saúde Pública, principalmente nos grupos mais vulneráveis como crianças e idosos. A maioria dos microrganismos levam ao aparecimento de intoxicações alimentares quando ingeridos em grande número ou quando as suas toxinas estão presentes nos alimentos. Contudo, os alimentos não costumam apresentar alterações no seu cheiro, sabor ou aspecto.

Higiene Alimentar

A maioria das intoxicações alimentares têm a sua origem em superfícies, utensílios de cozinha e mãos contaminadas e na contaminação cruzada, em particular de alimentos já cozinhados e prontos para consumo com alimentos crus.

As pessoas que contactam de alguma forma com os alimentos nas diversas fases da sua produção, são portadores de microrganismos que podem contaminar os alimentos e provocar doenças a quem os consome. Os microrganismos estão presentes, vivem e desenvolvem-se em diversas partes do corpo (cabelo, nariz, boca, garganta, intestinos, pele, mãos e unhas) e mesmo que a pessoa apresente um estado de saúde normal, sem sintomas de qualquer doença, existem sempre no seu corpo microrganismos que se forem ingeridos podem provocar doenças.

Os manipuladores de alimentos devem entender a higiene como uma forma de proteger a sua saúde e a dos consumidores, assim como os comportamentos adoptados durante a manipulação, pois são um dos principais veículos de contaminação dos alimentos.

Uma boa higiene e um comportamento adequado evitam a contaminação dos alimentos a nível biológico (ex.: microrganismos), químico (ex.: detergentes), e físico (ex.: cabelos).

Um código de boas práticas bem implementado evita a ocorrência dos riscos associados à produção e confecção de produtos alimentares. Esse código deverá ser adoptado por todas as pessoas que se encontram na unidade, principalmente pelos manipuladores de alimentos.

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